Náusea é um eufemismo para descrever o que senti quando no passado Domingo assisti à transmissão da entrega dos Óscares na TVI, esse prestigiado órgão de informação e comunicação social, digno baluarte de vanguarda na difusão da incompetência, estupidez e bronquidão típicas da classe jornalística nacional.
Para além das já costumeiras pseudotraduções simultâneas que são de bradar aos céus, os ilustríssimos comentadores conseguiam meter a pata na poça sempre que tinham oportunidade para isso. E quando não tinham criavam-nas quais Da Vinci das bacoradas em directo!
O que me intriga em demasia, porém, é não perceber quem tem o poder para mandar estes senhores desempenhar (ou não) tais funções. E já agora saber quanto lhes pagam e como ganham eles a vidinha quando não há Óscares, nos restantes 51 Domingos do ano. É que eu ofereço-me para fazer um trabalho muito melhor e de borla. Nem preciso que me paguem, até porque não tenho a mesma habilidade para o inoportunismo verbal como têm aqueles profissionais. Os comentários em surdina como "Outro espanhol!" quando aparecia mais um nomeado do país vizinho, a boca trágico-tuga quando Celine Dion foi cantar na homenagem a Enio Morricone: "Bem podia ser a nossa Dulce Pontes" e o engasganço durante o discurso de agradecimento de Martin Scorcese vão ficar-me na memória por mais mil anos que viva. Estava a ver aquilo e estava a ficar envergonhado, com o coração pequenino e a tripa revolta. Apetecia-me berrar, atirar a televisão do oitavo andar cá para baixo e depois chorar! De repente, a minha interrogação de nunca termos tido um Óscar ganhou sentido. Não merecemos. Nem o Manoel de Oliveira merece gente desta a ver, comentar e criticar os seus filmes, quanto mais não seja por respeito à idade do senhor.
Não é fácil mas naquela noite fiquei envergonhado de ser português, e tenho que agradecer à TVI! Só me apetece dizer foda-se foda-se foda-se e rematar com um cocktail molotov ali para as bandas de Queluz. Ainda se queixam de terem sido comprados pelos espanhóis, mercadoria desta até eu pago aos espanhóis para ficarem com ela! Agora que desabafei já sinto o vómito a despoletar o regurgitanço final, vou ali já venho... AVÉ!
Para além das já costumeiras pseudotraduções simultâneas que são de bradar aos céus, os ilustríssimos comentadores conseguiam meter a pata na poça sempre que tinham oportunidade para isso. E quando não tinham criavam-nas quais Da Vinci das bacoradas em directo!
O que me intriga em demasia, porém, é não perceber quem tem o poder para mandar estes senhores desempenhar (ou não) tais funções. E já agora saber quanto lhes pagam e como ganham eles a vidinha quando não há Óscares, nos restantes 51 Domingos do ano. É que eu ofereço-me para fazer um trabalho muito melhor e de borla. Nem preciso que me paguem, até porque não tenho a mesma habilidade para o inoportunismo verbal como têm aqueles profissionais. Os comentários em surdina como "Outro espanhol!" quando aparecia mais um nomeado do país vizinho, a boca trágico-tuga quando Celine Dion foi cantar na homenagem a Enio Morricone: "Bem podia ser a nossa Dulce Pontes" e o engasganço durante o discurso de agradecimento de Martin Scorcese vão ficar-me na memória por mais mil anos que viva. Estava a ver aquilo e estava a ficar envergonhado, com o coração pequenino e a tripa revolta. Apetecia-me berrar, atirar a televisão do oitavo andar cá para baixo e depois chorar! De repente, a minha interrogação de nunca termos tido um Óscar ganhou sentido. Não merecemos. Nem o Manoel de Oliveira merece gente desta a ver, comentar e criticar os seus filmes, quanto mais não seja por respeito à idade do senhor.
Não é fácil mas naquela noite fiquei envergonhado de ser português, e tenho que agradecer à TVI! Só me apetece dizer foda-se foda-se foda-se e rematar com um cocktail molotov ali para as bandas de Queluz. Ainda se queixam de terem sido comprados pelos espanhóis, mercadoria desta até eu pago aos espanhóis para ficarem com ela! Agora que desabafei já sinto o vómito a despoletar o regurgitanço final, vou ali já venho... AVÉ!