quinta-feira, março 30, 2006

Cortaste o cabelo??????

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!! Lá agora!!! Paguei 12€ a um profissional para o fazer por mim! A uma pergunta tão estúpida deve-se dar uma resposta se possível ainda mais estúpida e num tom do mais irritante possível!!! Eu que cometi a asneira de passar 6 meses sem cortar o cabelo vivo agora uma experiência do mais deprimente e irritante. Toda a gente com o mínimo de confiança a opinar sobre a estética e efeito visual dos cerca de 150 000 apêndices capilares que pendem do meu couro cabeludo!!! Sinto-me como se fosse do Governo. Toda a gente acha que tem o direito de falar.
A razão porque desabafo é porque, apesar de não ser novidade, é a primeira vez que um acto tão normal como regular, tem tantas consequências nas outras pessoas. Ao ponto, lá está, de se darem ao desplante de me comunicarem a sua opinião que claro, eu não pedi. Seria um excelente tónico para o meu Ego se algumas delas não fosse negativas. O mais engraçado (quiçá suspeito) é que até os meus amigos têm essa liberdade! Ainda se fossem só gajas...
Comentários do estilo "Ahhh, tava tão giro como o tinhas, porque cortaste?"; "Ficava-te melhor como tava do que agora..."; "Tava a ver que não ganhavas juízo e não cortavas o cabelo!"; "Assim pareces muito mais novo, tem mais a ver contigo..."; "Por causa dos óculos e a form da tua cara e blábláblá..." FODASSE!!!!! Mas como é que é???? Mas o cabelo não é meu???? Eu não pedi a opinião de ninguém!!!!! Aliás, pedi a de uma só pessoa, a de cuja opinião realmente conta para mim, a minha rica mãe. E digamos que foi apenas por uma questão de protocolo, para não ser surpresa.
-- "Achas que corte o cabelo?"
-- "Acho que deves fazer o que entenderes mas já 'tá na hora..."
É a nossa maneira de dialogar, só nós a conseguimos interpretar. No fundo, ela achava que já o devia ter feito à meses, mas a responsabilidade ficou comigo, claro. E assim é que tem de ser. Por outro lado, eu, pedi uma opinião que realmente prezo, mas com a qual poucas vezes concordo, sendo esta uma dessas vezes. Acho que é para nivelar a consciência. Se levar uma nega bem vincada da minha mãe, o mais provável é não o fazer, mas se o fizer, arrependendo-me arrependo-me bem mais, se não me arrepender o que quer que tenha feito, ter-me-á dado, concerteza, bastante mais prazer. É assim...
Voltando ao assunto principal, não percebo a siguêra do pessoal. As gajas têm cabelos até ao cu, cortam, fazem madeixas, nuances, mises (adoro estes panilo-estrangeirismos). Mas aí somos obrigados a dar a nossa opinião. Quer dizer, somos obrigados a dizer "Sim senhora, fica-te bem, tás mais gira assim e parabéns e tal..."; porque se dermos a nossa sincera opinião corremos o risco de ficar com 5 dedos marcados na cara e os tímpanos rebentados. Eu, que sou gajo e limito-me a cortar a gadelha quando me começa a incomodar; e que daqui por 3 ou 4 meses tá rigorosamente igual ao que estava, tenho que gramar estas pseudo-imitações de Isabeles Queiróses dos Vales, Marinas Cruzes e Joões Rôlos. E vejo, como uma pontinha de mágoa, que aquilo são os meus amigos e amigas transformados nessas criaturas. E depois rezo para que passe depressa e que não tenha efeitos irreparáveis.
Lá para Junho ou Julho, em pleno Verão, quando ao fim de 2 minutos na rua às 3 da tarde o cabelo escorre em suor, tal como o resto do corpo diga-se, e me resolver a ir à do Sargento cortar a juba, fico imediatamente alerta para quando, inevitavelmente, alguma criatura tiver a infelicidade de dizer: "Ahhhh... cortaste o cabelo?"
Provavelmente, limitar-me-ei a abanar a cabeça e encolher os ombros...

terça-feira, março 28, 2006

Eu ia...

Tenho um voucher para o Rock in Rio. Foi-me oferecido pelo meu irmão. À altura decidi que queria ir no dia de Santana, claro! Mesmo que não estivesse já confirmado pensaria "Gostava que Santana viesse ao Rock in Rio!" Hoje, e ainda não troquei o bilhete, a dúvida palpita no meu coração: os D'ZRT actuam no Rock in Rio. Eu até ia... Só tenho pena que seja em Lisboa. Se não fosse eu ia. O Tejo é quase uma piscina. Devia ser no Rio do Brasil. Não é o de Janeiro, o Amazonas. Depois queria ver se aparecia a Protectora dos Animais, a ANIMAL e "Os Verdes" a reclamarem contra os maus tratos das piranhas...

segunda-feira, março 27, 2006

Conversas...

Apeteceu-me loucamente escrever o que me vai na cabeça! Nada de estranho, mas invulgar o facto de ter oportunidade, leia-se, o computador à frente num momento de “Iluminismo” como lhe chamaria um Compadre.
Este últimos dias foram pródigos em novidades. Na última semana descobri coisas que desconhecia sobre mim mesmo, e foram-me dadas a conhecer outras com as quais nem sonhava. Mais que ignorante, ingénuo; sem dúvida!
O que ainda não consegui foi concluir até que ponto é bom ou mau ou que descobri. Provavelmente nem bom nem mau, antes pelo contrário, como eu gosto tanto de dizer. Feliz fico por verificar que todas estas coisas que me levam agora a escrever derivaram de uma das coisas que mais prezo neste mundo e nesta vida: COMUNICAÇÃO! É verdade, nem todas directas, a maior parte até indirectas, mas a todas tive acesso através de conversas com pessoas cuja integridade, honestidade e amizade para comigo não me atrevo a contestar. Ingénuo outra vez? Talvez, é um risco que corro mas eu gosto de os correr.
Faz hoje uma semana que começou essa sequência de novidades perturbadoras. Uma inocente conversa de café descarrilou para um assunto se calhar menos sério que aquilo que pensávamos. Ao que parece, e tal como na música do Sérgio Godinho, “Andas aí a partir corações, como quem parte um baralho de cartas (...)”. Pelo amor de Deus, haja juízo ou, no mínimo, a bela da comunicação... outra vez! Fiquei estupefacto com a conversa. É a minha consciência completamente tranquila que me fez sentir tamanha incredulidade em relação ao assunto em causa. Eu que sempre fiz questão, na medida do possível, de esclarecer quaisquer eventuais mal-entendidos nos quais me visse envolvido. Por acaso, o mês passado arranjei uma bela bota para descalçar mas, como se diz na oração, por minha culpa, minha tão grande culpa. Acho que o meu arrependimento é, neste caso, penitência suficiente. Como diria uma pessoa por quem nutro a maior estima (e não só) desta vez fui realmente leviano e destemido. Eu que só aceitei essa caracterização acerca da minha pessoa aquando dos toiros, agora não a poderei desmentir. Enfim, espero que isto cicatrize e que não venha daí nenhum mal ao mundo.
Na continuação, a segunda conversa frutífera da semana. Um sacrifício feito em prol de um amigo (sim, era mesmo sacrifício, este só mesmo por um amigo) deixou-me mais apreensivo do que estava à espera. Parece que “andam naí” pessoas a pensar demasiado em mim e a saber coisas demais (que as que deveriam saber) sobre a minha vida. Mas não me importo. Afinal, uma das coisas de que faço questão é de não pisar os calos a ninguém e se o fizer imediatamente peço desculpa e tento corrigir a situação. Nunca hei de dar desculpas a que alguém me queira mal. Se tal acontecer é a conversa do costume, temos pena, mete gelo e reza-se para que não passe disso...
Regressado à base, a terceira conversa “do bastante”: deparo-me com uma situação cujas expectativas são bem melhores que as minhas mais optimistas. Continuo, no entanto, e tal como tem vindo a ser hábito neste último ano, a ter os pés bem assentes na terra. Porém não consigo deixar de sorrir e de me sentir privilegiado quando vejo as atitudes que duas pessoas minhas amigas têm tendo em vista a minha felicidade e bem-estar. Só espero que não metam os pés pelas mãos como fez a outra e ainda acabem por fazer merda. Mas neste caso a minha confiança nesses dois é plena e por isso não temo muito o resultado que daí vier.
Provavelmente ninguém ou muito poucos saberão ao certo ao que me referi neste post mas quem me conhece sabe que eu sou assim. Muito à la Gato Fedorento, sem referências temporais e/ou geográficas. Acerca de outras coisas que me aconteceram e que me deixaram intrigado e/ou satisfeito a passada semana hei de escrever mais à frente, afinal, já tenho tanto post por editar/publicar que nunca como agora a expressão «pôr a escrita em dia» fez tanto sentido para mim.

quinta-feira, março 23, 2006

Dia Mundial da Poesia

Atrasado à bela maneira Tuga aqui vem o post deste dia, que foi também o da Árvore, do Sono e da Cozinha. Como destes quatro o que gosto mais é poesia é sobre isso que escrevo.
Não sou grande conhecedor de poesia, admito. Gosto muito, no entanto, daquela que conheço, ou será melhor dizer que faço por conhecer aquela de que gosto mais?
Nós que somos pouquinhos somos também, para além de um país de marinheiros (já fomos mais), de fado futebol e Fátima, e de treinadores e jogadores de futebol com sucesso no estrangeiro, um país de poetas. O expoente máximo discute-se entre Camões e Pessoa. Um por causa da sua obra-prima "Os Lusíadas", a epopeia desse belo povo que hoje já não é assim e outro por causa dos seus heterónimos, reveladores da sua mais que complexa personalidade. Na rectaguarda destes aparecem Bocage, Alexandre Herculano (nunca li nada deste), Florbela Espanca, e mais uns quantos mais recentes como António Gedeão, António Aleixo (o tal marafado que não sabia escrever), Mário Cesarinny, David Mourão Ferreira, Alexandre O'Neil (o tal que inspirou a mulher do "Cherne") ou Ary dos Santos entre outros. A lista é enorme. É certo que gostos não se discutem e depois de uns anos a adorar Camões, principalmente os sonetos, virei-me mais para o Fernando embora tivesse detestado quando o estudei em Português B, e para os mais contemporâneos. O primeiro poema que me lembro de decorar é do grande Luís Vaz pois então. Apaixonei-me pelo dito soneto quando tinha aí uns 14 aninhos, na ressaca de um desgosto amoroso pois claro, o primeiro (a sério) da minha vida, diga-se. Na altura pensei «escrito há 400 anos, parece que foi de propósito para mim» da mesma maneira que pensei o mesmo acerca de um outro de Pessoa que coloquei algures num post anterior, lá por volta de Novembro.
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.
De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!
Luís de Camões
OK, é um poema um bocado deprimente e pesado para um puto de 14 anos mas estava mesmo mal. Ainda hoje me identifico muito com ele, principalmente com a primeira estrofe, e só espero que não seja assim daqui por uns aninhos, seria mau sinal. Só não tenho um "Génio de vinganças" mas que é duro é, quem me conhece deve concordar.
Como informação complementar, e completamente de graça, ficam a saber que o autor do primeiro slogan da Coca-Cola em Portugal foi um caramelo chamado Fernando Pessoa, que era publicitário e tradutor, e que tinha como hobbie escrever uns versos. E esse slogan era "Primeiro estranha-se... depois entranha-se!" Coca-Cola lálálá...

segunda-feira, março 20, 2006

Dia do Filho

E lá passa mais uma data que me deveria dizer mais e não diz. Já é o 4º dia do pai que para mim não o é. Não há muito para se dizer, só senti necessidade de assinalar mais uma data que para mim tem um significado diferente do que é suposto ter. Logo a mim, o maluquinho das datas. Resta-me dar-me ao luxo de aconselhar os meus amigos a tratarem os seus da melhor maneira possível. Porque quer queiramos quer não, os pais, tal como as mães e os "érmões" são os que temos. Aqueles. E alguns nem isso têm. E que na maior parte das vezes são as pessoas que mais gostam de nós, à sua maneira da qual nem sempre gostamos é certo, mas pelo menos os que durante mais tempo o farão. Porque nos puseram no mundo e porque querem sempre o nosso melhor. Mesmo que às vezes não o pareça. Mesmo que às vezes até o façam por eles. O meu Pai até pode não ter sido o melhor do mundo mas eu também não fui o melhor filho. Mas era o MEU e por isso era o melhor. Espero um dia receber os presentes que já não vou comprar nesta data. E ser melhor Pai que fui filho. E aí tentar continuar a sorrir do tempo em que o tive em vez de me lamentar o que já não vou ter. Porque se não escolhemos a família, a mim e ao meu Pai também não nos deixaram escolher...

sábado, março 18, 2006

Temos genti nua OLARÉÉÉÉÉ!

Pára tudo! Aviso EXTREMAMENTE IMPORTANTE: dia 26 de Março (Domingo) no Auditório Municipal de Albufeira ir-se-á realizar um espectáculo dos Bonecos de Santo Aleixo, títeres (marionetas) tradicionais portugueses. Dirigido principalmente ao pessoal que tal como eu passa 90% da sua vidinha aqui pelo reino dos Al-garbs aqui fica o convite para uma horita de inesquecível entretimento e comédia. Acreditem, vão por mim, mais depressa dou 50€ para ver a bonecagem do que para um qualquer concerto. Como não sei as horas nem os preços dos bilhetes, assim que souber deixo aqui para eventuais interessados! A saber, serão interpretados pelos actores do Centro Dramático de Évora (CENDREV) textos bíblicos adaptados no princípio do Séc. XX. A não perder meus amigos! Eu vou...

segunda-feira, março 13, 2006

Que seca...

Segunda-feira, 13 de Março de 2006.
Universidade do Algarve, Campus de Gambelas, Edíficio 7: Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente 1º Andar, Sala 2.56:
Nunca uma aula práctica em frente a um computador foi tão secante como esta... Apetece-me mandar SOS's mas não tenho com o que fazer sinais de fumo, sonoros ou de luz, estou completamente isolado neste inferno pixelizado. Meia dúzia de gráficos no Excel com base em dados previamente recolhidos (isso sim foi uma bela duma aula, o Guadiana estava "brabio") e chamam-lhe uma aula... Desespero...

quarta-feira, março 01, 2006

Conceito de IRONIA

Chegar de Reguengos todo alucinado, depois de uma grande noitada
carnavalesca e estacionar o Victor Golf ao lado de um C2 X-ray Lima!!!
Mesmo assim... é fudido!! Lá vou eu meter gelo outra vez...