Hoje, durante o desfile das Marchas Populares de Lisboa, Avenida da Liberdade afora, um agrupamento das festas valencianas de Castellón de la Plana, convidado pela organização para desfilar extra concurso, no âmbito do projecto Festas em Trânsito, dispara de tiros pólvora seca com mosquetes do Séc. XVII para o ar, ao som de tambores, caixas e gaitas-de-foles. Há quase 400 anos que tal não acontecia, espanhóis aos tiros em Portugal. Imagino o contentamento destes espanhóis, que vão para casa com uma bonita história para contar aos filhos, do género:
Acho que já se pode dizer que o projecto Festas em Trânsito já superou as expectativas. Depois de em 2006 a marcha vencedora lisboeta se ter deslocado a Nola, Itália, quiçá para frequentar também workshops com a Cosa Nostra, como se nós cá precisássemos de aprender a ser (mais) mafiosos, estes espanholitos que desfilaram na avenida ficam igualmente com uma coisa que nós portugueses temos há 800 anos desde que D. Afonso Henriques mandou uns tabefes à mãe: uma bonita história para recordar sobre as interacções com os vizinhos Ibéricos. É que até hoje, e porque nisso os espanhóis não são diferentes do resto do mundo; não têm o mesmo orgulho que nós tugas em relembrar os encontros imediatos de 3º grau com "nuestros hermanos" ao longo de todos estes séculos de (con)vivência conjunta nesta quadradinho a que os romanos chamavam Iberia. As marchas populares, que já fazem o povo feliz, este ano fizeram dois! A quem ouviu os tiros e não se apercebeu do que se tratava não se preocupe, pués que todavía no pasa nada...
Mira mi hijo, tu padre estevié en las Marchias Populariés de Lisbona, disparando pívias de mosquiétes e ninguién, pero ninguién nos ha ido a los cornos! De puta madre hé? Sin hijo, mismo de la puta de tu madre...
Acho que já se pode dizer que o projecto Festas em Trânsito já superou as expectativas. Depois de em 2006 a marcha vencedora lisboeta se ter deslocado a Nola, Itália, quiçá para frequentar também workshops com a Cosa Nostra, como se nós cá precisássemos de aprender a ser (mais) mafiosos, estes espanholitos que desfilaram na avenida ficam igualmente com uma coisa que nós portugueses temos há 800 anos desde que D. Afonso Henriques mandou uns tabefes à mãe: uma bonita história para recordar sobre as interacções com os vizinhos Ibéricos. É que até hoje, e porque nisso os espanhóis não são diferentes do resto do mundo; não têm o mesmo orgulho que nós tugas em relembrar os encontros imediatos de 3º grau com "nuestros hermanos" ao longo de todos estes séculos de (con)vivência conjunta nesta quadradinho a que os romanos chamavam Iberia. As marchas populares, que já fazem o povo feliz, este ano fizeram dois! A quem ouviu os tiros e não se apercebeu do que se tratava não se preocupe, pués que todavía no pasa nada...