Bem-vindo sejas Tu, Ó Aquele que venera a forma em vez do conteúdo e se corrompe pela adoração dos sentidos! Trata o seguinte espaço de Condicionamento Operante, Golfinhos e Otárias; Gajas Boas, Noddy e Floribella; Carvão Sideral, Caramelos e Zarabatanas; Ciência, Política e Pornografia; Benfiquismo, Comunismo e outras formas de cancro; Metal Industrial, Artes Marciais e Dominó, entre outros temas!!! Porque todos os caminhos vão dar a...ROMA!
terça-feira, outubro 30, 2007
It's all about consequences...
segunda-feira, outubro 08, 2007
Música
Festejou-se no passado dia 1 o Dia Mundial da Música. Contrariamente à minha vontade não pude publicar este post no dia próprio não obstante já estar idealizado e esboçado há já longos meses. Ao pensar fazer uma lista de músicas, havia que ter um critério. Mas qual? Músicas preferidas? São infinitas! Ou será que não? Músicas exemplificativas dos géneros que aprecio? A lista apresentar-se-ia reduzida, e eu teria uma depressão antes de me conseguir decidir. Resolvi-me, então, a fazer uma lista de dez músicas de cada vez que me apeteça escrever sobre música. Antecipei 10 posts, o que daria um bonito mas curto total de 100 músicas de que, pura e simplesmente, gosto. Receio que a lista seja interminável mas a vontade de escrever sobre elas insufuciente…
Ao regressar a casa com o rádio do Puntagasóile sintonizado na Antena 1, ouvia António Macedo, essa voz lendária da rádio, dizer que não tem uma música da sua vida, mas muitas, e que deixava como sugestão uma dessas com que se identificava, ou em que algum momento em particular da sua vida o tenha marcado. Ora nem mais, fiz meus os seus pensamentos: é que há músicas que mesmo sem apreciarmos como o fazemos com outras, acabam por nos marcar, normalmente porque que as associamos a alguma experiência marcante que tenhamos vivido, seja um amor não correspondido, umas belas férias, uma pessoa amiga, um ódio de estimação, alguém que tenhamos perdido, aquele objecto especial que estimamos muito, etc…
Aqui fica então, uma pequena lista de 10 músicas que fazem parte da minha vida, com a descrição correspondente e que espero não seja a única que me digne a escrever, de modo a partilhar com os meus amigos/leitores estes meus gostos tão abrangentes:
Smooth Operator, SADE -> Para começar uma que consigo associar com perfeitamente nada ou ninguém a não ser com a própria música. Sinceramente nem percebo a expressão: “Operador Suave”??? Mas que raio… Não consigo sequer perceber a letra toda, qualquer coisa como coast to coast e Chigaco lá mais para a frente. É das músicas que classifico como Ouvíveis Apenas No Carro. De preferência numa chuvosa noite de Inverno. Esta senhora meio nigeriana meio inglesa, de seu nome completo Helen Folasade Adu tem uma voz que enfeitiça e eu não lhe conheço outra música, ou pelo menos não reconheço outra tão famosa como esta como sendo dela…
Maria Maria, CARLOS SANTANA FEAT. WYCLEF JEAN -> Um dos 1487 singles do álbum Supernatural (na verdade foi o 2º). Santana, o homem cujo mais intimo desejo é pôr a sua guitarra a falar ou, neste caso, as duas, a eléctrica e a acústica; conta com a preciosa colaboração de Wyclef Jean, que já agora se pronuncia “Weecleef Jeã” e não “Uáikléf Jine” como os mais desconhecedores fazem; para fazer mais um teledisco histórico, corria o ano de 1999. Mesmo que não fosse a minha vida cheia de Marias, e não me estou a referir às bolachas mas também, gostaria sempre desta música. Actualmente quem mais sofre com ela é a minha colega Maria (claro!) pois volta e meia, quando tou bem disposto, e porque ela é tão bonita como a música, começo logo a trautear o "Maria, Mariaaaaaaaaa… fell in love in east LA, to the sound of a guitar, played by Carlos Santanaaaa…".
Spiel Mit Mir, RAMMSTEIN -> A primeira música que ouvi desta que é uma das minhas bandas preferidas não poderia ter sido a mais indicada: com um ritmo pausado mas sólido, e uma electrónica lá atrás tão discreta como atraente, fiquei hipnotizado uma vez ao fazer zapping e estarem estes gajos a actuarem nos Brit Awards salvo erro de 1997. Decorei o nome da banda e mais tarde encontrei numa discoteca a banda sonora do filme Lost Highway de David Lynch, afinal o que os tinha projectado para o panorama internacional. Para não ficarem completamente aos bonés, e se não se quiserem dar ao trabalho de aprender alemão, Spiel é em alemão o que o Play é inglês e a música chama-se afinal Joga/Brinca/Toca comigo… como muitas outras da mesma banda, as letras podem ter interpretações muuuuuuito dúbias!
O Prometido É Devido, RUI VELOSO -> Acho que foi a primeira balada romântica que ouvi, lá para os meus seis ou sete anos. Com muitas palavras muito à frente e metáforas na altura sem sentido, lembro-me de achar esquisito, na altura, de até gostar de um sonzinho que metia harmónica e piano. Isto e o facto de lá para o meio haver as palavras “fazia o que tu quisesses só para te poder ver nua/quero já os almanaques do fantasma e do patinhas/os falcões e os mandrakes/tão cedo não terás novas minhas…” Seja como for, não foi ao ouvir esta música que aprendi uma importante lição da vida: as gajas são todas umas vacas…
Yellow Submarine, BEATLES -> Provavelmente a música mais tocada e conhecida dos “Carochas”. Foi a primeira que ouvi deles, lembro-me de um clip animado com o dito amarelo e os quatro amigos todos contentes a tocarem “In the time where i was born...” Lembro-me do meu pai e de um amigo, a sorrirem para mim e a dizerem-me que sim senhora, ainda bem que eu gostava porque era música do “tempo” deles; para além de na altura achar muito estranho quando os adultos utilizavam essa expressão, hoje constato que estavam completamente errados, pois esta música do “tempo deles” é, entre outras, eterna e universal.
Abertura de Guilherme Tell, GIOACHINO ROSSINI -> Mais conhecida por entre o pessoal “do meu tempo” como a música do genérico do “Mascarilha”, esta música adaptada a uma cóboiada é, de facto, pertencente a uma história de arco e flecha! É ou não é irónico? Para além de empolgante e inebriante, estes três minutos e qualquer coisa têm a particularidade de terem sido escritos na véspera da estreia da peça. É que Rossini gostava de trabalhar sob pressão, da mesma maneira que Dali gostava de trabalhar depois de ter comido queijo e dormido, e da mesma maneira que eu não gosto de trabalhar! Ou seja: o homem escrevia uma a uma, noite adentro, dezenas de partituras diferentes para dezenas de instrumentos de múltiplos naipes! Não é que eu não fosse capaz de fazer o mesmo, mesmo à luz das velas e com penas de pato e papel amarelo como no tempo dele, não saía era a obra de arte que saiu!! É daquelas músicas a que nos sentimos em dívida quando nos sentimos em baixo, e que se podem tornar perigosas quando nos sentimos bem! Mas que vale sempre, mas sempre a pena ouvir.
Oh Chuva, DREAD LION -> Tinha o IMPERIVM nem um mês de existência, quando uma amiga me disse que estava a ouvir esta música, quando eu, só para ter assunto, lho tinha perguntado. Acho que até hoje ainda não te agradeci o suficiente Katherin. Enviou-ma pelo Messenger mal sabendo eu na altura o quão útil ela me ia ser numa noite de insónia, como não desejo ter outra. Revoltado com o mundo e desconfiado de tudo e de todos, por mais que me custe admiti-lo sobretudo devido às circunstâncias, liguei o PC perto da janela do quarto, com o repeat no on, e fui para a estrada em frente à minha casa apanhar uma bela molha durante umas belas horas!!! “Você que tem medo de chuva/você não é nem de papel/muito menos feito de açúcar/ou algo parecido com mel/Experimente tomar banho de chuva/conhecer a energia do céu/energia dessa água sagrada/que nos abençoa da cabeça aos pés…” Se quiserem conhecer o resto da letra oiçam a música. Só espero que não precisem do bem que ela me fez a mim. Hoje, ao viver no fio da navalha (outra bela música dos Táxi que fica para as próximas listas) estou perto, embora espere que não, de voltar a sair para a rua e enxaguar a alma…
Boa Sorte, VANESSA DA MATA FEAT. BEN HARPER -> Em condições normais nenhum destes dois teria uma música sequer na minha vida. Mas a vida dá muitas voltas, e no Sudoeste então nem se fala. Apesar de me custar a admitir que vi ao vivo um concerto desta senhora que se veste como um personagem de um filme do Kusturica, ainda me custa mais a admitir que só agora, deixado o tempo fazer o seu trabalho, presto atenção e acho algum sentido na letra, não lamentado sequer o rumo que as circunstâncias tomaram. Fosse eu diferente e diria que é pena… mas não digo! “É só isso/não tem mais jeito/acabou/boa sorte/não tenho que dizer/são só palavras/e o que eu sinto/não mudará…”
Sou Bom, XUTOS & PONTAPÉS -> Uma das melhores músicas para nos levantar o Ego. A típica rockalhada dos Xutos, com um saxofone vibrante. Só porque às vezes é mesmo preciso pensar que, e temos mesmo a certeza que “Eu cá sou bom/sou muito bom/eu cá sou bom/sou muito bom/paranormal…”
You Spin Me Round, DEAD OR ALIVE -> Para muita vergonha minha, só conheço esta música desde que a minha amiga Maria fez a brincadeira da Rádio Comercial que tenho nuns posts perdidos lá para trás. Este foi o Hit dos Eighties que lhe calhou, mas eu é que fiquei “à roda” com esta música. É que volta e meia, como nos tempos que correm, lá me apetece gritar a plenos pulmões “You spin me right round baby/right round/like a record baby/right round round round…”
E pronto, eis uma lista de 10 músicas que muito me dizem, em breve deixarei outra à vossa apreciação.AVÉ!