Nem sei que título hei de dar a este post! Tel-fonema inesperado, saio de casa para ter privacidade (sim), sem resultado, não me atende o telefone. Volto para casa, aparece um 106 XP preto: "Onde vais pagar um copo?", pergunta o nosso cabo. "Onde tu quiseres!", respondo eu. Vamos "pá do Vicente", pago duas "mines" e começamos a falar de toiros, praça e Misericórdia. Aparece o Carriço, mais 3, conversamos do Rugby e fazem-se horas de jantar. Perto do restaurante encontramos o Cecílio, fotos p'ra lá, fotos p'ra cá fazemos negócio. Entro em casa e dou um beijo à minha mãe enquanto toca o telefone, o tal telefonema em dívida. 58 minutos ao telemóvel, entre a porta de casa e o restaurante numa conversa a dois! Conversa desagradável, daquelas que nunca se querem ter mas que são tão precisas quanto inúteis e redundantes (espero sinceramente que não)! O pessoal passa para o jantar e faz caretas, cumprimenta e manda bocas acerca "dela", que equívoco, o do telefone e o do pessoal. Chego atrasado ao jantar, de trombas, a sopa já lá vai: "Pouco borrifando!" penso eu, quero é o segundo prato e o indispensável "pão com manteiga" para "aquecer". Sento-me em frente ao meu irmão, ao lado do Sagrado, acompanhados do Cristóvão, Cavaco, Pedro e o "Pato" mais novo. A mesa grande já vai animada e para não perder a carruagem peço uma caneca. Chega o pernil e as conversas escasseiam. As conversas, porque os brindes estão para durar. OLÉ OLÉ, canta-se para um, OLÉ OLÉ, para outro e perde-se o controlo. O nosso Cabo e o Sr. Miguel são os alvos preferenciais, com o Azaruja, o Sapata, o Roberto, o Cavaco, o Carriço, o Jeremias e os manos Roma pelo meio. Passa-se o tempo e o João Paulo faz um ponto de ordem: "Bebamos todos um copo para não faltar a nenhum!", a malta pega um "Vira companheiro!" e até as namoradas e convidados aderem. A seguir a esse mais um e o "projecto" torna-se grave. Aparece uma viola do nada, o João Paulo dá os acordes e o Nuno Pereira começa a desgarrada. Aparecem rostos de desagrado: "Jantar sem discursos não é jantar!" alega o Jeremias! A malta de fora, Arvelos, Baleizão e Tojo armam confusão com miolos a voar para cá e para lá enquanto na "mesa do canto" se contam estórias do Dias Coutinho e do "Estrudes" pelo "Roma mais velho" e pelo Cristóvão. "Má Cara" força o "despacho" mas é igual ao litro: onde os forcados pegam, os forcados mandam, e nessa noite pegaram n'Os Arcos. As namoradas continuam a cantata e alguns desertam para balcão, está na hora do "uisque" e do café com "cheirinho". Lá dentro ecoam cânticos de Natal e uns mais brejeiros, vidros no chão e líquidos na mesa não é nada que se estranhe! Faz-se a conta e uma brincadeira transborda o copo: "RUA!". Todos caminho da Travessa dos Valérios: "Xiu! Maria Angélica já dorme!" digo eu (mentira, mais eles sabiam) mas já não há meio de serenar os ânimos. Entre um e outro charuto vai a procissão para o "Bubas Bar", imperiais chovem e o resto é connosco. Azar dos azares (ou não) hoje é a noite de encerramento do "Pitas II", teremos que lá ir! Acompanho o João Paulo e a Susana e já não nos cobram a entrada. A 50 cêntimos a "jola" até parece mal não pedir pelo menos 4! O Pepe e o Azaruja já lá vão, quais homens comprometidos e sobram meia dúzia: Sapata, Sagrado, João Paulo, Joãozinho, Pimenta e eu. É com uma ponta de orgulho que digo que a ÚLTIMA bifana do Pitas II saíu à borla e para mim! A noite torna-se agreste e combinada uma volta de BTT com um pro, volto a pé para casa. Escrevo estas palavras:
Não gostaria que toda a gente tivesse esta experiência! Seria egoísta e perderia a piada! Um grupo de forcados é, primeiro que tudo, um grupo de amigos. E nós, muito embora às vezes não o pareçamos, somos. O Quico esteve lá e saiu, não importa! Na arena, quando está é impossível não se dar por ele. A "entrega" (sim está entre aspas, espero que quem tenha de perceber o faça), a dedicação e o amor e amizade ao próximo atinge a sua máxima expressão em frente de um zaíno Passanha ou Luís Rocha (ui!) e se acaso se falhar, será sempre por força das circunstâncias e nunca por negligência ou irresponsabilidade do nosso irmão (espero que saibas que no 5/10 foi assim "Za") . Tenho pena daqueles que não conseguem perceber isto. Tenho pena daqueles que pensam que percebem sem nunca o ter vivido. Tenho pena daqueles que dizem saber o que é quando nunca sequer o "cheiraram" porque a "entrega" vê-se sobretudo nos maus momentos e não nos bons (a minha mãe, a Isabel, o Carapinha e a Ivone que o digam, 30/9 em Albufeira)! Tenho pena dos "ambientalistas reaccionários" e dos "amiguinhos dos animais" por não serem suficientemente aquilo que alegam ser: sensíveis! Tenho pena de todos os meus amigos que não pertecem ao melhor grupo do mundo: o GRUPO DE FORCADOS AMADORES DO REDONDO! A esses, que não lhe pertencem porque não querem, deixo a mensagem do costume: "Temos pena, mete gelo!". Porque nada me orgulha mais que envergar aquela jaqueta "marlinda", e honrar o meu nome e o da nossa terra onde quer que vá, onde quer que percamos o amor aos nossos ossos, onde quer que nos queiram, onde quer que nos dêem histórias para contarmos. A todos vós, amigos forcados, seus queridos e restantes desejo um SANTO E FELIZ NATAL!
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