Bom, mais uma vez não sei o que hei-de escrever, tantas as idéias que passam nesta cabeça, velozes como sei lá o quê. Uma coisa de que há muito me apercebi é de que a noite é boa companheira. Nas noites de solidão torna-se a própria noite na melhor companhia na maior parte das vezes, pelo menos para mim, que me dou ao luxo de perder tempo a pensar, é assim. Os meus pensamentos mais lúcidos e raciocínios mais claros aparecem-me à noite, na escuridão do meu quarto, na solidão da minha pessoa.
Nos últimos tempos, e sem uma razão aparente ou principal, este vício que escrever se tornou assusta-me e, modéstia à parte, e embora me considere medroso em relação a muita coisa não sou uma pessoa fácil de se assustar. Começo a sentir as horas do dia tão curtas como rápidas para tudo o que pretendo fazer, seja obrigação ou lazer, ou simplesmente relaxar.
Quando finalmente me sento em frente ao computador a purgar este fluxo de pensamentos e idéias, fico, na maior parte das vezes, frustado comigo próprio, como se perdesse a inspiração no preciso e exacto momento em que a deveria ter.
Nesta última época festiva, gozadas as férias e de regresso ao trabalho (estudo) eis que deparo com um paralelismo entre o ano que acabou e o que começa, e a minha vida. De 365 em 365 dias muda-se de ano. Pois bem, de 365 em 365 dias mudo eu, ou simplesmente talvez pense assim, de atitude em relação a certas coisas que me rodeiam, quer tenham a ver comigo ou me sejam alheias. Concluo então, que se trata de um comportamento padrão, como são quase todos os comportamentos (quase porque se não pusesse o quase teríamos discussão com pano para mangas). Mais uma vez falho a mim mesmo, comportamentos imprevisíveis atraem-me profundamente, e se o meu não o é, que moral tenho eu para opinar acerca dos dos outros? Uma mais que amiga minha dizia-me há tempos que sou muito previsível. Meio a brincar meio a sério talvez tenha razão, se bem que infelizmente lhe tenha provado o contrário, convenhamos.
Agora no começo de mais um ano interrogo-me se me vou voltar a repetir. Coincidência ou talvez não, acontecem-me sempre nesta altura do ano coisas que me “trocam as voltas”. Não interessa se são boas ou más, o que verifico é que ficam sempre coisas por dizer, cartas por enviar, demasiadas coisas adiadas indefinidamente. Isto porque lá está, algo salta ao caminho, e se for atraente ou minimamente interessante, menos é o peso na consciência se não completarmos os anteriores objectivos. Vejo mais uma vez isso a acontecer-me e fico-me num marasmo que nem sequer me preocupa. É grave então! Gostava de dizer que este ano estou decidido a não ser assim, a não me deixar atropelar pelas circunstâncias, a ser eu a decidir o meu caminho e quiçá, o de mais alguém. Depois interrogo-me se valerá, de facto, a pena. Se implicar regressar ao passado, abrir feridas antigas e encontrar fantasmas o que ganharei com isso? Não consigo encontrar a resposta para esta pergunta, o que inevitavelmente me faz pensar que só saberei, claro está, se o fizer. A questão que se coloca de seguida é se, fazendo isso, em que aspecto me irá ajudar a concretizar o que tenho pela frente, a tal coisa que se atravessou no caminho e agora concentra as minhas atenções? Embora seja crente, e como tal considere uma espécie de “lei das compensações” nos misteriosos desígnios do Senhor, não consigo enxergar uma grande coerência Sua, pelo menos em relação à minha pessoa... ou será que estou a querer puxar demasiado a brasa à minha sardinha?
Entretanto, lá vou encontrando novas motivações para acordar todos os dias e ultrapassar os obstáculos que me aparecem pela frente. Se há uma coisa que me caracteriza, e com todo o respeito, p’ró caralho os que acham que não, é a minha visão optimista da vida, muito embora às vezes pareça que não para os pobres de espírito e de horizontes próximos...
Para não correr o risco de divagar ainda mais por caminhos indesejáveis, só espero que quem me conheça perceba que não quero, embora gostasse, nem acho que consiga, algum dia ser fiel da balança, seja lá em relação ao que for. Mas por acaso muitas vezes olho em meu redor e não vejo mais ninguém, e um bocado ao estilo dos candidatos a presidente, dou um passo à frente em nome de valores mais altos... com a diferença que quando o faço a mim ninguém me liga, e esses gajos gastam uma porrada de guito a brincar às eleições.
Acabando, e sem cair no ridículo de comentar o meu próprio post antes de alguém o fazer, peço-vos desde já desculpa por esta minha masturbação pseudointelectual.
Nos últimos tempos, e sem uma razão aparente ou principal, este vício que escrever se tornou assusta-me e, modéstia à parte, e embora me considere medroso em relação a muita coisa não sou uma pessoa fácil de se assustar. Começo a sentir as horas do dia tão curtas como rápidas para tudo o que pretendo fazer, seja obrigação ou lazer, ou simplesmente relaxar.
Quando finalmente me sento em frente ao computador a purgar este fluxo de pensamentos e idéias, fico, na maior parte das vezes, frustado comigo próprio, como se perdesse a inspiração no preciso e exacto momento em que a deveria ter.
Nesta última época festiva, gozadas as férias e de regresso ao trabalho (estudo) eis que deparo com um paralelismo entre o ano que acabou e o que começa, e a minha vida. De 365 em 365 dias muda-se de ano. Pois bem, de 365 em 365 dias mudo eu, ou simplesmente talvez pense assim, de atitude em relação a certas coisas que me rodeiam, quer tenham a ver comigo ou me sejam alheias. Concluo então, que se trata de um comportamento padrão, como são quase todos os comportamentos (quase porque se não pusesse o quase teríamos discussão com pano para mangas). Mais uma vez falho a mim mesmo, comportamentos imprevisíveis atraem-me profundamente, e se o meu não o é, que moral tenho eu para opinar acerca dos dos outros? Uma mais que amiga minha dizia-me há tempos que sou muito previsível. Meio a brincar meio a sério talvez tenha razão, se bem que infelizmente lhe tenha provado o contrário, convenhamos.
Agora no começo de mais um ano interrogo-me se me vou voltar a repetir. Coincidência ou talvez não, acontecem-me sempre nesta altura do ano coisas que me “trocam as voltas”. Não interessa se são boas ou más, o que verifico é que ficam sempre coisas por dizer, cartas por enviar, demasiadas coisas adiadas indefinidamente. Isto porque lá está, algo salta ao caminho, e se for atraente ou minimamente interessante, menos é o peso na consciência se não completarmos os anteriores objectivos. Vejo mais uma vez isso a acontecer-me e fico-me num marasmo que nem sequer me preocupa. É grave então! Gostava de dizer que este ano estou decidido a não ser assim, a não me deixar atropelar pelas circunstâncias, a ser eu a decidir o meu caminho e quiçá, o de mais alguém. Depois interrogo-me se valerá, de facto, a pena. Se implicar regressar ao passado, abrir feridas antigas e encontrar fantasmas o que ganharei com isso? Não consigo encontrar a resposta para esta pergunta, o que inevitavelmente me faz pensar que só saberei, claro está, se o fizer. A questão que se coloca de seguida é se, fazendo isso, em que aspecto me irá ajudar a concretizar o que tenho pela frente, a tal coisa que se atravessou no caminho e agora concentra as minhas atenções? Embora seja crente, e como tal considere uma espécie de “lei das compensações” nos misteriosos desígnios do Senhor, não consigo enxergar uma grande coerência Sua, pelo menos em relação à minha pessoa... ou será que estou a querer puxar demasiado a brasa à minha sardinha?
Entretanto, lá vou encontrando novas motivações para acordar todos os dias e ultrapassar os obstáculos que me aparecem pela frente. Se há uma coisa que me caracteriza, e com todo o respeito, p’ró caralho os que acham que não, é a minha visão optimista da vida, muito embora às vezes pareça que não para os pobres de espírito e de horizontes próximos...
Para não correr o risco de divagar ainda mais por caminhos indesejáveis, só espero que quem me conheça perceba que não quero, embora gostasse, nem acho que consiga, algum dia ser fiel da balança, seja lá em relação ao que for. Mas por acaso muitas vezes olho em meu redor e não vejo mais ninguém, e um bocado ao estilo dos candidatos a presidente, dou um passo à frente em nome de valores mais altos... com a diferença que quando o faço a mim ninguém me liga, e esses gajos gastam uma porrada de guito a brincar às eleições.
Acabando, e sem cair no ridículo de comentar o meu próprio post antes de alguém o fazer, peço-vos desde já desculpa por esta minha masturbação pseudointelectual.
2 comentários:
amoire, se tu um dia t tornares fiel a balança perdes a graça!! o engraçado da vida é ser-se pralá de imprevisivel. espero k as tuas voltas se troquem de modo a terminarem num sitio deliciosamente bom!ñ t esqueças, porta-te bem kd podes e mal kd ñ se deve...pralá de mts beijos
Nanda: continuas a fazer sorrir com essa expressão. A própria é "pralá dá frente"!
Fresquinho: ou não aparecesses tu mais o iluminismo... pa ser o D. José só me falta ser déspota tou mm a ver!
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