São sete os pecados capitais. Ao longo deste texto, espero fazer-me entender, e que não se confunda a convicção das minhas palavras e pensamentos (e o título do post já agora), com um dos pecados mais cometidos pela nossa maneira de ser Tuga: o Orgulho.
Isto para introduzir que o que vem de seguida tem quase tudo a ver com orgulho: com o meu. Não aquele que nos faz correr o risco de nos arrependermos de sermos demasiado agarrados aos nossos ideais ou coisas, que nos faz birrentos e nos prejudica a nós e quase sempre mais aos outros. Mas sim aquele que nos dá confiança moderada, que nos põe um sorriso nos lábios, e que vinca a nossa individualidade através das relações que temos com tudo quanto nos diz respeito.
Enquanto escrevo, cada vez mais me vejo como Sísifo, sabendo que nunca conseguirei alcançar o que me proponho: descrever o que não tem descrição, a maneira como amo e vivo aquilo de que gosto!
Como não sei por onde começar, começo por aquilo que se nota logo assim que abro a boca. Não, não são os disparates que digo... é o belo sotaque alentejano, pachorrento e inconfundível, com que estas cerca de 500 mil criaturas de Deus foram abençoadas. Não há palavras que descrevam o “Proud for be Alentejano”! Afinal, e como costumo dizer, se somos só quinhentos mil e ocupamos um terço deste belo cantinho da Europa temos que ser especiais não?
Por mais convencido que pareça, orgulho-me bastante desta minha peculiar (como uma amiga eufemisticamente disse) maneira de ser. Tenho a plena consciência que se trata do popular “feitiozinho da merda” mas que querem? Gosto. Talvez se deva à educação e formação que tive e vou tendo, junta com os genes cruzados duma cientista com um economista ajudados pelo irmão mais velho brilhante e sóbrio que sempre empurrou (querendo ou não) o melhor que tinha para cima de mim.
Orgulho-me de não ter partido político em proporção inversa ao meu clubismo! Gostava de conseguir explicar aquele arrepio na espinha que sinto quanto 50 000 pessoas gritam SPOOOORTING! em harmonia vestidas de verde dos pés à cabeça, brancos e pretos, ricos e pobres. Mas isso da política tem os seus “quês”! Os meus amigos de esquerda chamam-me fascista por gostar de touradas e vestir Paul&Shark enquanto os meus amigos de direita chamam-me comunista por gostar de música de intervenção e ser a favor da legalize das drogas e do aborto, entre outras posturas contraditórias. Como compensação, vejo reconhecida em todos a minha abertura às suas opiniões, coisa que os de extremos opostos não conseguem fazer uns com os outros. Não imaginam o mais simples que seria a vida se o conseguissem.
Em termos culturais também me são difíceis de descrever os meus gostos. De Rammstein a Madredeus passando por Rossini vale tudo. E poucos curtem mais que eu um concerto do grande Quim. No cinema venero o Tarantino e o Kusturica mas sim, consigo ver filmes do Manoel de Oliveira e gostar. O que equivale a ler e gostar de Saramago (e foi antes de ser Nobel e consequentemente moda, ainda eu era um puto maior) e de Harry Potter ao mesmo tempo, com Michael Crichton e Robin Cook à mistura, essas duas grandes influências na minha maneira de olhar o mundo.
Falar de gostos e não falar de “gaijas” até parece mal, seria o mesmo que falar de bola sem referir o Pelé ou o Maradona. Mais uma vez o espectro é largo. Indiferente entre loiras e morenas, só não gosto de ruivas. Tenho, no entanto, uma queda para me desgraçar por morenas, de preferência altas, de pose esfíngica e sangue quente, como eu. Um contraste calha quase sempre bem, uma loira de olhos escuros por exemplo, ou uma morena de olhos claros tiram-me a respiração.
Carros: mil vezes jeeps a roadsters! Mil vezes pequenos a grandes. Mil vezes comerciais a familiares (espero que o meu irmão não leia isto). Mil vezes potentes a económicos (embora tenha um Punto 1.3 a gasóile). Mil vezes descapotáveis a vidros fumados.
Agora o resto curto e grosso: sim, prefiro a Super Bock à Sagres, a preta à loira, os amendoins aos tremoços. Prefiro a Biologia à Geologia, a Física à Química e a Sociologia à Psicologia. O basket em vez do futebol, a praia em vez da piscina, o campo em vez da cidade e os cães aos gatos. Prefiro o quente ao frio, a carne em vez do peixe e café em vez de chá! Logicamente prefiro o vinho do REDONDO a qualquer outro (para aqueles que sabem que isto é para eles três palavras: Toma vai b’scar!). Prefiro o branco ao preto, o verde ao vermelho e a Monarquia à República. Prefiro os vilões aos heróis (embora torça sempre pelos bons), a acção ao drama e a comédia ao terror. Enfim, prefiro uma data de coisas a outras tantas, nem sempre as tenho, contudo. Assim como preferia estar agora a fazer uma data de coisas com uma certa pessoa e estou para aqui a escrever mais disparates... isto de ficar sem carro tem muito que se lhe diga, mas o Punto não teve culpa.
Espero que isto ajude quem ler a conhecer-me um pouco melhor, a mim, o único forcado a curtir Rammstein, o único biólogo (ou futuro) que não pode ver ambientalistas à frente. Portem-se bem e não se estraguem... bejinhos
Isto para introduzir que o que vem de seguida tem quase tudo a ver com orgulho: com o meu. Não aquele que nos faz correr o risco de nos arrependermos de sermos demasiado agarrados aos nossos ideais ou coisas, que nos faz birrentos e nos prejudica a nós e quase sempre mais aos outros. Mas sim aquele que nos dá confiança moderada, que nos põe um sorriso nos lábios, e que vinca a nossa individualidade através das relações que temos com tudo quanto nos diz respeito.
Enquanto escrevo, cada vez mais me vejo como Sísifo, sabendo que nunca conseguirei alcançar o que me proponho: descrever o que não tem descrição, a maneira como amo e vivo aquilo de que gosto!
Como não sei por onde começar, começo por aquilo que se nota logo assim que abro a boca. Não, não são os disparates que digo... é o belo sotaque alentejano, pachorrento e inconfundível, com que estas cerca de 500 mil criaturas de Deus foram abençoadas. Não há palavras que descrevam o “Proud for be Alentejano”! Afinal, e como costumo dizer, se somos só quinhentos mil e ocupamos um terço deste belo cantinho da Europa temos que ser especiais não?
Por mais convencido que pareça, orgulho-me bastante desta minha peculiar (como uma amiga eufemisticamente disse) maneira de ser. Tenho a plena consciência que se trata do popular “feitiozinho da merda” mas que querem? Gosto. Talvez se deva à educação e formação que tive e vou tendo, junta com os genes cruzados duma cientista com um economista ajudados pelo irmão mais velho brilhante e sóbrio que sempre empurrou (querendo ou não) o melhor que tinha para cima de mim.
Orgulho-me de não ter partido político em proporção inversa ao meu clubismo! Gostava de conseguir explicar aquele arrepio na espinha que sinto quanto 50 000 pessoas gritam SPOOOORTING! em harmonia vestidas de verde dos pés à cabeça, brancos e pretos, ricos e pobres. Mas isso da política tem os seus “quês”! Os meus amigos de esquerda chamam-me fascista por gostar de touradas e vestir Paul&Shark enquanto os meus amigos de direita chamam-me comunista por gostar de música de intervenção e ser a favor da legalize das drogas e do aborto, entre outras posturas contraditórias. Como compensação, vejo reconhecida em todos a minha abertura às suas opiniões, coisa que os de extremos opostos não conseguem fazer uns com os outros. Não imaginam o mais simples que seria a vida se o conseguissem.
Em termos culturais também me são difíceis de descrever os meus gostos. De Rammstein a Madredeus passando por Rossini vale tudo. E poucos curtem mais que eu um concerto do grande Quim. No cinema venero o Tarantino e o Kusturica mas sim, consigo ver filmes do Manoel de Oliveira e gostar. O que equivale a ler e gostar de Saramago (e foi antes de ser Nobel e consequentemente moda, ainda eu era um puto maior) e de Harry Potter ao mesmo tempo, com Michael Crichton e Robin Cook à mistura, essas duas grandes influências na minha maneira de olhar o mundo.
Falar de gostos e não falar de “gaijas” até parece mal, seria o mesmo que falar de bola sem referir o Pelé ou o Maradona. Mais uma vez o espectro é largo. Indiferente entre loiras e morenas, só não gosto de ruivas. Tenho, no entanto, uma queda para me desgraçar por morenas, de preferência altas, de pose esfíngica e sangue quente, como eu. Um contraste calha quase sempre bem, uma loira de olhos escuros por exemplo, ou uma morena de olhos claros tiram-me a respiração.
Carros: mil vezes jeeps a roadsters! Mil vezes pequenos a grandes. Mil vezes comerciais a familiares (espero que o meu irmão não leia isto). Mil vezes potentes a económicos (embora tenha um Punto 1.3 a gasóile). Mil vezes descapotáveis a vidros fumados.
Agora o resto curto e grosso: sim, prefiro a Super Bock à Sagres, a preta à loira, os amendoins aos tremoços. Prefiro a Biologia à Geologia, a Física à Química e a Sociologia à Psicologia. O basket em vez do futebol, a praia em vez da piscina, o campo em vez da cidade e os cães aos gatos. Prefiro o quente ao frio, a carne em vez do peixe e café em vez de chá! Logicamente prefiro o vinho do REDONDO a qualquer outro (para aqueles que sabem que isto é para eles três palavras: Toma vai b’scar!). Prefiro o branco ao preto, o verde ao vermelho e a Monarquia à República. Prefiro os vilões aos heróis (embora torça sempre pelos bons), a acção ao drama e a comédia ao terror. Enfim, prefiro uma data de coisas a outras tantas, nem sempre as tenho, contudo. Assim como preferia estar agora a fazer uma data de coisas com uma certa pessoa e estou para aqui a escrever mais disparates... isto de ficar sem carro tem muito que se lhe diga, mas o Punto não teve culpa.
Espero que isto ajude quem ler a conhecer-me um pouco melhor, a mim, o único forcado a curtir Rammstein, o único biólogo (ou futuro) que não pode ver ambientalistas à frente. Portem-se bem e não se estraguem... bejinhos
7 comentários:
Monarquia!?! Até se me deu uma coisinha má.. Mas pronto, isto (ainda) é um país livre, e tens todo o direito às tuas opiniões.
Já agora sugiro visita a www.ambientalistas.blogspot.com
Até vais gostar...
;-)
abraço
Ainda? De certeza que é? E para quando a data do apocalipse então? Coisinha má vai dar-me a mim dia 22 pah! Penso que tenho gostos mais polémicos, até mesmo para ti...
Tá ali um belo trabalho sim senhor, mas não consigo ter tesão por essa matéria, já tive mais quando era mais novo e inconsciente. Depois hei-de escrever qualquer coisa sobre isso, hoje não que tou de ressaca!
concordo ctg mt coisa amigo, aliás cm kase td(mil vezes amendoins a tremoços e obviamente sociologia a psicologia) mas monarquia??!! bem mas tal cm o menino luis diz, e mt bem, GOSTOS N SE DISCUTEM!! daí uns preferirem pão-de-ralá a ovos-moles!!!
Ena... isso é que foi desabafar ó Frecas! Queres um lencinho? Àlaber, acerca dessa do mal menor acho que já estamos conversados: parece-me uma "perspectiva minimalista"... e sai um lol! Andamos com os nossos optimismos e pessimismos trocados digo eu. A mim os nossos principais partidos também me fazem "espéce" até porque, e convenhamos, para mim os que realmente são mais coerentes com o seu discurso pelo menos na sua postura são os do Bloco. A sério! É sempre de fanfarra atrás e roda lá isso ó mano!
Essa da politica social e do gerar receita é tipicamente tuga! Claro! Se conhcermos minimamente os chamados "países desenvolvidos" da UE, como a Suécia ou a Finlândia por exemplo, deparamo-nos com a democracia-cristâ (coisa pela qual o Paulinho tentou e mal na minha opinião fazer-se passar por cá) no poder e constatamos que têm as melhores políticas sociais. Não podemos esquecer é que a Finlândia tem uma "Chefa de Estado" e por cá ainda são os homens que mandam... e sai o segundo lol! Temos é a mania que quando se joga bem com os dois pés não se joga bem com nenhum, espero que o Pauleta mude essa atitudezinha!
Em relação à monarquia para mim é isso e muito mais, sem sequer me aventurar pela questão do dinheiro. Além disso não digas mal da Assembleia da República porque ainda um dia gostaria de fazer lá carreira, para não falar que é o melhor programa de comédia e entretenimento que por cá se faz. Mas sobre isso, e cedendo a algumas provocaçõeszinhas/pressõeszinhas, ainda me hei-de aventurar a um blog exclusivamente político, prometo que está para breve!
Da tradição então é melhor nem falar, porque essa malta do "Balambaué" (leia-se Bloco de Esquerda) tem a mania de protestar contra a globalização e no entanto, quando abolem as nossas queridas Touradas, não se apercebem que estão a acelerar esse fenómeno ao não conservarem e preservarem o que de melhor um povo tem: a sua cultura, história e património, resumindo, tradição.
Ainda havemos de continuar com estas nossas tertúlias "iluminadas" (e sai o terceiro lol) na utópica esperança de ensinar os pobres de espírito e fazer um mundo melhor, por agora e para acabar, só te quero dizer que nunca te imaginei a fumar uma broca e a mandar cocktails molotov aos carros da malta do G8, nem, por outro lado, a frequentares uma reunião do Ku-Klux-Klan, isso teria muito pouco de equílibrio, desculpa-me que te diga.
Em resposta à tua última pergunta, eu não me sinto enganado pelo PS, nunca esperei demasiado deles por isso... desta vez tenho pena mas não preciso de pôr gelo, já basta!
P''xconce''teza que aprendes! Quanto mais não seja a fazer uma broca ou a carregar uma arma. Como qualquer bom e mais que certo candidato a algo, afirmo o seguinte: só avanço se tiver apoios, que é como quem diz que tá tudo estudado e aconteça o que acontecer lá vai o caramelo (eu) pós cornos do toiro. Por isso desta vez bem podes dizer que te pressiono, fico à espera de sugestões e idéias. Apenasmente o nome faço questão que seja Os Iluminatti, ou então Os Alumiatti, que te parece?
Sabes a parte de preferires a monarquia à república é perfeitamente compreensível... mas preferires o vinho branco ao vinho tinto... Bem sei que quando se serve um copo de vinho que não interessa se é branco ou tinto mas sim se está cheio. Mas de preferencia tinto claro!!! Bem vê la se mudas de ideias que bom bom era mesmo eu fumar o marlboro tu o dunhill e o bibes o camel acompanhado por um belo vinho tinto!! E eu até levava uma garrafinha de tinto catalão mas sem dúvida, tal como escreveste, vinho tem de ser do redondo. Um grande abraço
Porra, não imaginava que por ser monárquico iria levar tanto nas orelhas... sempre é preferível a ser lampião ou votar no Cavaco não? Ou os dois...
E para que não restem dúvidas, eu prefiro o TINTO ao branco, tratou-se de um erro de interpretação do Johnny!
Lamento Soci mas vinho é o nosso, como eu costumo dizer, nós temos o vinho bom, vocês as gajas boas! O que até é estranho porque a águinha é a mesma (a da Vigia) e vocês é que ficam boazonas e nós (EU) bonitos, bejinhos ;) SOU SOCIÓLICO E GOSTO!
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