OK, desisto! Chegado a casa Sábado depois de uma suave noitada de copos (poucos) e confraternização com os amigos, pasmo quando, ao fazer zapping, reparo que está a dar um concerto na 2: com o melhor de sempre, o dito Santana! O primeiro pensamento foi «Ironia do caraças, ainda há dias escrevi uns disparates sobre estas músicas e eis que me entra ele casa adentro como quem demonstra o seu apoio, o seu consentimento...» coisa estranha! Isso é só mais um exemplo de Dogma! Há coisas que não podemos desmentir, julgar, simplesmente por falta de dados, factos concretos e concretizáveis numa lei válida. Podemos ser a coisa mais herege que jamais pisou a Terra, mas todos nós temos aquela pontinha de esperança, aquela réstia de fé, de crença, aquela superstiçãozinha sem sentido que dá algum sentido a algumas das nossas atitudes. Se continuarmos a agir "de pé atrás" com essas coisas, nomeadamente se vierem dos outros, nunca seremos as pessoas que acredito todos queremos ser e alguns, infelizmente muitos, pensam que são. Enquanto não aceitarmos os outros tal como eles são sem nos querermos impôr e às nossas opiniões nunca conseguiremos ser uma referência moral que por vezes pensamos que já somos. Podem achar isto balelas, mas tentem parar para pensar, e pesar os prós e os contras das nossas acções. Bem mais de 60% delas, mais que supérfluas ou fúteis acabam mesmo por ser prejudiciais para algo ou alguém, às vezes até para nós. Rendam-se meus caros aos Dogmas, porque o maior passo para ultrapassar um medo é identificá-lo, admiti-lo; aí, já não será preciso confrontá-lo... e quase sempre das maneiras erradas!
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