segunda-feira, maio 29, 2006

Surpreendentemente surpreendente? Nem por isso...

Tive há pouco uma conversa telefónica que classifico como Al-furreka! A expressão é uma private minha e de dois amigos meus para exprimir algo... Al-furreka!
"O que é que aquel gajo disse, Alforreca?"
"Sim!"
"Qual quê! Al-furreka!"
"Ah... soou mesmo a Alforreca!"
Grande Johnnny, grande Sammy!
Nesta conversa, além de me deixar mais ansioso que o que eu já ando, deixou-me também perplexo com "certas e determinadas" notícias! Daquelas que quando tomamos conhecimento delas preferiríamos não tê-lo feito, depois pensamos que sim, e depois que não, e a indefinição dura e dura que nem pilhas Duracell!!
Por norma aprendemos com os erros. Pelos menos é o que a moral e a história nos ensinam. Eu "desconcordo"! Ando sempre a fazer merda, e embora aprenda muita coisa, não aprendo a deixar de a fazer. Talvez esteja destinado a fazê-la, até quando não sei, não sei.
Se há um jogo de cartas de que gosto é de Poker. Poker e Bismarck. Porque no Poker se pode fazer bluff e prefiro fazê-lo apenas com as cartas, na vida real não. O Bismarck porque logo à partida nos limita, e cada opção que tomamos, de entre quatro possíveis, nos pode custar cara mais tarde. Ensina-nos a lidar com as consequências das nossas acções.
Às vezes a vida resolve pregar-nos uma partida e a minha é uma "brinculhona" e farta-se de me as pregar. Nos últimos tempos mais umas quantas.
Se tivesse que arranjar um "bode respiratório" teria de acusar o gajo que inventou os telemóveis, esses instrumentos que nos permitem comunicar. Às vezes, a falta de comunicação também faz bem. Pessoas que como eu prezam a comunicação e a julgam como uma das (senão a) capacidades humanas que mais nos distinguem das outras espécies animais por vezes não se saiem muito bem quando recebem das tais notícias. Talvez os restantes animais sejam mais felizes. Afinal, a ignorância é, comummente, senão motivo de felicidade, motivo de não infelicidade. Este é o dilema com que lido actualmente.
Exemplificando, há dois anos, enquanto dava 64 contos para assistir ao vivo aos jogos da selecção nacional no Euro 2004, jurava em paralelo que seria incapaz de dispender 53 €uros para ir ao Rock In Rio. Acho uma estupidez uma organização cujo lema é "Por um Mundo melhor!" cobrar esse preço e doar apenas 10% para a tão aclamada caridade, ou, como eufemisticamente lhe chamam, solideriedade social. Ironia das ironias, e depois de perder anos de vida naqueles estádios e ter ter tido o coração do tamanho de um átomo, oferecem-me um bilhete para o Rock In Rio 2006. Não sendo dado a fanatismos, nesse momento decido qual é o dia em que quero ir. Quero ir ver Carlos Santana, "Mr. Grammy", o homem que fala através da guitarra. Pelo Natal de 2005 era um dos quatro nomes confirmados para o RIR 2006. Meses depois, conhecido o cartaz, não consigo arranjar companhia. Ainda ponho a hipótese de ir sozinho. Ainda que fosse engraçado para engatar umas gajas "Ah e tal, tou sozinho, tadinho de mim, não me me fazes companhia e coiso?", não aguentaria não ter ninguém conhecido para partilhar a experiência. A experiência que neguei há dois anos. Uma daquelas que não faz sentido viver sozinho, acho eu! Depois lá arranjo companhia. Demasiada até. Sem desconsiderar, não era a que preferencialmente escolhia. Mas também não escolhi milhares de outras coisas que tenho que todos os dias gramar e das quais, muitas até, até gosto.
Até ver, vou ter a companhia que nem eu sabia que queria. Hoje relembraram-me mais uma vez que a vida dá muitas voltas, e que este belo planeta azul em que vivemos é mais pequeno que uma "bolinha de keinker". Tudo isto entre sorrisos e gargalhadas telefónicas, ingénua e inocentemente.
Para aqueles que têm a mania da perseguição e que quando, como hoje, escrevo no IMPERIVM algo que ninguém percebe, hoje sim esses podem ter a certeza que pensei neles sem ser como reacção às suas atitudes de gato escaldado que tem medo de água fria. Hoje, enquanto dormiam descansados e de consciência tranquila eu era posto em xeque por algo de transcendente: Deus, o Cupido, a Alice (a do Lewis Carroll), o penteado do Paulo Bento, a percentagem de etanol das Abadias ou a minha própria estupidez!
Hoje podem ter a certeza que pensei em vocês, que se tentam fazer de fantasmas. Porém, e como disse Rómulo de Carvalho aka António Gedeão "(...)Sempre que um Homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida nas mãos de uma criança(...)"!
Hoje, a criança sou eu!AVÉ!

2 comentários:

Anónimo disse...

eu sei que tenho alguma coisa para dizer, como costume, mas nem eu sei o que tenho para dizer...

Roma disse...

Soci:

Não és capaz de me fazer a desfeita de ires! NÃO ÉS CAPAZ NÃO ÉS CAPAZ NÃO ÉS CAPAZ!!! Se queres mesmo desiludir-me e enfurecer-me vai soci!!! VAIIIII!!! Bejos soci! SOU SOCIÓLICO, E GOSTO!!!! AI LÓB IU!

Rita:

Hummm... como é que era??? Quanto não tens nada de jeito para dizer... qualquer coisa de te remeteres a uma certa e determinada insignificância... era assim, não era? Bejinhus e cuidado com o calote!